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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Resenha "Quem somos nós?"



(...) Na física quântica esta dependência do ser de uma coisa em relação a seu ambiente geral é chamada "contextualismo", e suas implicações são muitas, tanto para nosso conceito de realidade quanto para nosso entendimento sobre nós mesmos como parceiros nesta realidade. Este contextualismo é uma das razões centrais da afirmação de que a teoria quântica deverá finalmente contribuir para uma nova visão de mundo, com suas próprias e distintas dimensões epistemológicas, morais e espirituais.
A dimensão epistemológica — qual a natureza de nosso conhecimento e o que entendemos por verdade? — foi muito bem expressa na fenomenologia do filósofo francês Merleau-Ponty no que ele chamou a "verdade dentro de uma situação": Enquanto mantenho diante de mim o ideal de um observador absoluto, do conhecimento na ausência de todos os pontos de vista, só posso ver minha situação como uma fonte de erro. Mas, tendo reconhecido que através dele sou dirigido a todas as ações e a todo conhecimento significativos para mim, então meu contato com o social na finitude de minha situação revelou-me o ponto de partida de toda verdade, incluindo a científica, e, uma vez que temos alguma ideia da verdade, uma vez que estamos dentro da verdade e não podemos sair dela, tudo o que posso fazer é definir uma verdade dentro de uma situação.
Toda ação psicológica está ligada a influência das moléculas de emoção. As emoções colorem a riqueza de nossas experiências. Quer dizer que não olhamos nada sem envolvermos o aspecto emocional. Nos odiamos inconscientemente, nos desprezamos, decepcionamos nossas virtudes. Nossos pensamentos constroem. Podemos romper e perceber nossa beleza, riqueza e grandeza. Precisamos buscar o saber sem qualquer interferência dos nossos hábitos. E se pudermos fazer isso, manifestamos o saber na realidade e nossos corpos o vivenciarão de novas maneiras, numa nova química em novos hologramas em outros novos lugares de pensamento. Além de nossos sonhos mais arrojados.
Considerar que podemos nos focar no que realmente importa para nossas escolhas e caminhos. O descondicionamento se dará por meio de novos hábitos favoráveis conscientemente selecionados. Ao tomarmos consciência das escolhas indevidas e dos prejuízos que nos causam podemos começar a desconstruir estas vias potencializando outras reações e mesmo ações adequadas. No instante em que reconhecemos nosso poder de co-criador, não vamos mais escamotear a responsabilidade que temos de assumir as consequências de nossas decisões, escolhas, opções. Isto nos fortalece e nos impõe um compromisso de estarmos cônscios do que fazemos e de suas consequências para nós e para os outros. Ao sair do túnel, podemos perceber que ainda não sabemos quem somos nós. Mas, estamos a caminho.
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